Atendendo aos pedidos da Lany, volto aos looooooooongos posts.
Na verdade não estava escrevendo por falta de tempo mesmo e muito, mas muito cansaço. Andei com umas tonturas e umas fortes dores de cabeça que me deixaram um pouco (mentira, bastante) apreensiva. Mas depois das festas e da comilança, acredito que era apenas exaustão. rsrsrsrs
Então vamos à primeira história familiar.
Quando pequenina passava a maior parte do meu tempo em Minas, com meus avós. E lá, em Além Paraíba, criança fica na rua, soltando pipa, jogando bola e, imaginem, fazendo crochê!
pois é, cresci ( não muito pois ainda sou bem pequenina) numa rua onde passa a linha do trem.
A frente da casa da vó Liquinha (assim que a chamávamos) tinha um pé de manacá lindo lindo. Estava permanentemente florido. Não pergunte como. Só sei que era assim. Vou procurar uma foto que tenho da frente da casa e posto aqui qualquer dia desses.
Você deve estar me achando um pouco doidivanas uma vez que a imagem do post é um cordão, certo?
Bem precisava dar um início para minha história.
O fato é que o cordão daí de cima pertenceu a minha bisa Julieta e eu a conheci numa siuação inusitada. Sem contar que é inusitado você não conhecer a bisa até os seis anos quando ela morava na mesma rua de sua vó. Nunca entendi isso e ninguém sabe me explicar...
Pois é. Estava a brincar com as pedrinhas na linha do trem quando vi uma velhinha, magrinha, mas muito bonita, com um par de brincos que lhe pesavam as orelhas ( hoje os brincos também estão comigo!!!!!!!!!!!) a fazer fuxicos ou rosinhas, como ela chamava.
Achei o trabalho muito lindo. Ela parou, me ensinou a fazer as tais rosinhas e depois saiu a caminhar. Falou-me que ia até a Igreja de São José e convidou-me. Falei que a vovó só me deixava ir até a pracinha...
Entrei correndo para contar para a vó sobre minha nova amizade e o convite.
Ao que ela me respondeu que eu poderia ter acompanhado a bisa Julieta. Tomei um susto! Quer dizer que aquela velhiha muito lindinha era minha bisa?
Aos poucos fui sabendo da vidinha dela. Era muito rica, tinha serviçais que lhe ajudavam a se vestir e tal. Casou-se com um português da Ilha da Madeira que lhe deu 10 filhos. É aí que entra o cordão. A cada filho, a bisa mandava aumentar uma volta no cordão e colocar uma medalha.
O biso levou a bisa à bancarrota e foi-se. Ela, dizem, enlouqueceu e passava o inverno na cama, tal como uma inválida e o verão a andar pelas ruas fazendo rosinhas.
Anos mais tarde o cordão foi dividido entre os filhos. Esse, da imagem é o da minha vó que como foi minha madrinha, entregou-me, em consagração, à N. S. das Graças e me deu o cordão.
Ai que história linda...se eu não cutuco não sai nada..ela guarda essas coisas só pra ela... kkkkkkkkk
ResponderExcluirPs: nós leitores assiduos passamos diariamente por aqui..o blog então não é mais seu é de todo mundo um pouquinho, que nem o meu.
Bjkas amiga querida
Nossa, História muito bonita!!
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