segunda-feira, 16 de agosto de 2010


( Linda imagem, sonho de consumo. Retirada de HABETROT , um blog lindíssimo)

Desde criança, ouvindo contos de fada, encantava-me com as rocas. Cresci vendo vovó crochetando lindas colchas, blusas e barradinhos. Cresci mais um pouquinho (um pouquinhho só porque sou miúda) e estudando Revolução Industrial ( o que tem a ver? Tudo!)resolvi fazer blusas em tricot para mim ( já fazia para as bonecas). Maior, aprendi ponto cruz, arraiolo...

Os trabalhos com linha e agulha sempre me atraíram, como ímãs.

Ontem, ao me ver tecendo as mangas da blusa da filha, o Mô perguntou-me se isso não me deixava nervosa. Hã?????  Acalma a alma. Perco-me nas lãs e linhas. Não há nada como um friozinho, vinho, filme, um par de agulhas e muita lã. Bem, isso se o amor estiver bem sentadinho ao lado, como era o caso, é céu.

Algumas vezes me senti culpada por estar tricotando. Pensava: não deveria estar fazendo isso ou aquilo?

Mas, há um tempo atrás, assistindo a um documentário sobre Edith Piaf vi que a deusa tricotava. Assim como ela, a atriz que a representou lindamente também aprendeu a tricotar. E a diva Audrey Hepburn? Também tecia seus pontinhos.

Quer mais? Joan Crawford, Tracy Ullman, Rosalin Russel,Judy Garland,Daniela Escobar e mais um monte de gente , famosa ou não.

E a Revolução Industrial? Sim, sim.
Apesar da Revolução Industrial, dos teares movidos a vapor, dos cercamentos dos campos... o tricot, knitting, tricô resiste.

Tem algo mais especial que fazer uma peça para quem você ama?
Saber que, em cada ponto, foi laçado um fio com o coração?

Vamos aproveitar o friozinho e btons tricots

5 comentários:

  1. Oi amiga, me emocionou ler este texto, que lindo tecer...

    ResponderExcluir
  2. Lindo, lindo, comentário... me levou junto com vc... fiquei imaginando os belos contos de fadas contados... aiiii tempo bom que não volta mais... né... mas, faz parte. Venha me visitar, [http://fadadocrochet.blogspot.com/] Sandra

    ResponderExcluir
  3. Hehehe Meu amor, da forma que você escreveu até parece que não te conheço o suficiente...rsrsrs Na verdade, o que o "Mô" (eu) perguntou não foi exatamente o que você escreveu...rs Vou tentar explicar. Ontem, eu fiquei te observando e vi que você tinha colocado tudo que interessava à sua volta: eu, água, almofadas, banquinho para pôr os pés, edredon, taça de vinho, petiscos, telefone sem fio, celular, controlessss remotossss (tv, Sky, dvd, som, etc.), e claro, uma cesta lotada de novelos e agulhas, uma de cada tamanho e cor. Pronto, estava montado o mundo Bebel. Ah, sim, e um programa predileto na tv, o qual parecia prender 95% da sua atenção. Nas suas mãos, fumaça saindo do tricô, pois a tensão causada pelas cenas do filme era diretamente proporcional à quantidade de pontos por minuto do seu tricô. Suas costas mal encostavam no sofá. E eu pensei comigo: máquina de tricô prá quê?!

    Espero todos me entendam agora...rs.

    Bjs.

    ResponderExcluir
  4. Lindo texto... também me encantam as rocas, o tear,qualquer trabalho com fio, agulhas... coisa boa né?Mas o que mais gosto é ver pessoas idosas tricotaram, bordarem; é uma concentração! a gente percebe que estão contando pontos e sonhando... tão serenas...

    bjinhos

    ResponderExcluir
  5. Ah, depois desse texto, quero até aprender a tricotar... Juro. Um dia vou aprender.

    ResponderExcluir

Obrigada por passar por aqui e deixar um comentário!