Pois é...

( O que as chuvas de abril em Niterói estão fazendo comigo)
Dias difíceis por aqui...
Muita chuva, presos em casa, goteiras pela sala. Ruas cheias de barro, mercados vazios, lojas fechadas. Arrastões. Caos.
Mau humor, tristeza, tragédias ao redor.
Televisão e internet ligados para saber notícias. Cada uma pior que a outra. O que será que ainda quero ouvir?
A tristeza é tanta ao redor que não dá para pensar em comemorar nada, trabalhar, ler ou estudar.
Fiz uma parte do casaquinho do B ontem e, toda satisfeita fui tricotar a outra quando vi que não tinha feito nenhuma diminuição. Vou ter que desmanchar. Detesto desmanchar trabalhos...Tenho a sensação de tempo perdido. Odeio perdas.
Eu e a Lu alugamos Lua Nova ( de novo). E de novo eu fui para o mundo do impossível, fantasioso, imaginário, romântico... Tem horas em que a gente precisa fugir. Não adiantou. Não curti. Ao terminar, liguei a tv no noticiário de novo.
Tentando tocar a vida, trabalhar. Mas sou tão sensível, tudo me consome com tanta força!
Já se pegou suspirando fundo? Acabei de fazer isso. Muito ruim a sensação de impotência.
Aqui em Niterói, a tragédia anunciada há tempos se concretizou. Centenas de vidas perdidas. Os repórteres, as autoridades, os curiosos, todos ficam tentando achar culpados... O povo não deveria estar lá, as autoridades não deveriam permitir...
Todo mundo está certo e todos errados.
A única certeza que tenho é que não consigo admitir que alguém viva em condições inferiores a minha.
Não somos todos irmãos?
No meu mundo ( imaginário e sonhado) todos vivem lindos, limpos, saudáveis e felizes em casinhas brancas cercadas de margaridas.