quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tolstói










Leon Nikolaievich Tolstói nasceu em Iasnaia Poliana, em 28 de agosto de 1828. Tentou estudar línguas orientais, mas não se distinguiu nos estudos. Ingressou na faculdade de Direito, mas foi reprovado nos exames. Voltou à sua cidade natal e começou a ler a Bíblia e as obras de Jean-Jacques Rosseau. Em 1851, fascinado com as aventuras que o irmão militar vivera no Cáucaso, se alistou e foi para as batalhas, conquistando respeito e admiração dos companheiros. Nessa época, escreve dois livros: Infância e Relatos de Sebastópol, e começa a ser admirado e reconhecido como escritor. Em 1857 viaja pelo exterior e volta ardendo de desejo de ajudar a Rússia e seu povo. Em 1859, funda uma escola para crianças e adultos, onde tenta aplicar o que viu no Ocidente, usando um método que se baseava na compreensão e bondade, excluindo o castigo físico. Em 1863, Tolstói começa escrever o romance Os Cossacos, uma obra quase auto-biográfica. Nesse período, trabalha como juiz de paz da sua cidade e, politicamente, passa a combater o isolamento da Rússia, a monarquia e a servidão, pregando a aproximação do Ocidente para conquistar progresso cultural e material. Reencontra sua colega de infância, Sófia Andriéievna e com ela casa em 1862. Graves problemas econômicos o levam a fechar a escola e a revista pedagógica que estava editando. Volta-se, então, para a vida de escritor, e entre 1863 e 1869 escreve Guerra e Paz, romance que exalta a coragem e as virtudes morais do povo russo, tendo como pano de fundo as invasões napoleônicas do princípio dos anos 1800. Em 1875 publica seu livro Ana Karenina, classificado por Dostoievski como “uma perfeita obra de arte”. Mais tarde, escreve a Morte de Ivan Ilitch, onde fica evidente que, para ele, a caridade é o segredo para a salvação. Era católico ortodoxo e cristão fervoroso, mas acabou excomungado em 1901, por ter escrito o livro Ressurreição, que apoiava camponeses que se negavam a participar da guerra. Tolstói pregava a abstinência sexual entre os casais, mas teve 13 filhos. Queria dar seus bens aos pobres, mas a família o impediu. Queria viver entre mendigos, mas os mendigos, assim que o reconheciam, o excluíam de seu convívio. Ao final da vida, se desentendeu com a esposa Sófia, que queria viver na corte enquanto ele desejava viver no recolhimento, paz e simplicidade. Pressionado por ela, e com 82 anos, Tolstói fugiu de casa em outubro de 1910. Doente e cansado, parou na aldeia de Astápovo. E ali, em 7 de novembro de 1910, o grande literato russo faleceu.

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