sábado, 22 de novembro de 2008

Presente da Tia Pata

Gente, acabei de rceber este poema lindo da minha tia Fátima ou melhor, Pata (que é como a chamo)
Faz uma volta à minha infância querida e às cocadas da minha vovó Liquinha.
Saboreie-o comigo.


Promessas

Sem mar
Sem montanhas
Apenas conversas ao léu
Estaremos assim
Cutucando lembranças.

Olho-te do passado
Com olhares cúmplices
Entendes

Da cozinha
O cheiro doce
Da cocada de mamãe
O chá de funcho
Acalma as lágrimas
Entre fungadas
E rosto molhado
Como por descuido
Mais uma história
A ser contada
Não podemos ficar tão distantes

No armário azul atrás dos pratos
Doces -de –leite para a neta
Ávida pela guloseima
A brasa fugídia do fogão
Queima-te
Choras
Ganhas mimos e açucarados beijos
Nua da presença avó-eterna
A certeza da infância
Bem existida

É possível reter o tempo
Por uns instantes
Espantar os males
Enclausurar tristezas
Para sempre




Essa minha tia não é tudo?
Beijos minha linda e obrigada.

2 comentários:

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